sábado, 28 de abril de 2012

KOINONIA

Olhando para a Região Episcopal São João Batista, constatamos o quanto os(as) jovens representam um enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e da sociedade, como discípulos(as) e missionários(as) do Senhor Jesus[1]. Os inúmeros serviços assumidos nos cenários social e eclesial revelam a grande importância deste público na tarefa e na esperança da Civilização do Amor.

Nas paróquias que compõem esta área pastoral, é notória a presença de diversas experiências de trabalho com/para os(as) jovens. Assim como a Pastoral da Juventude, os movimentos e novas comunidades, as congregações religiosas, a catequese crismal e outros grupos isolados, também estão promovendo alguma atividade atenta a este público. Entretanto, neste momento não há uma articulação que aponte algumas estratégias com as Paróquias para um trabalho conjunto com os(as) jovens.

Após algumas reflexões inicialmente feitas pela Pastoral da Juventude Arquidiocesana – PJA, envolvendo os padres de referência nas regiões episcopais para este serviço, assim como a vida religiosa e outros movimentos, sentiu-se a necessidade de promover alguns encontros específicos nas áreas pastorais em vista desta INTEGRAÇÃO. Um ensaio para a rearticulação do Setor Juventude na Arquidiocese de Belém. Mas, espera lá: para que tudo isto?

“Toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai”[2]. Neste sentido, nossa ação precisa estar em sintonia com a experiência das primeiras comunidades cristãs[3], como resposta ao convite: “Para que todos sejam Um” (Jo 17,21). Muito tem a nos ensinar também as palavras do apóstolo Paulo aos Coríntios a cerca desta unidade[4]. Além do mais, está é uma característica teológica que se manifesta a partir dos(as) próprios(as) jovens, principalmente na vivência da amizade.

Para que isto se torne uma realidade, é necessário o envolvimento de todos(as), “porque um projeto só é eficiente se cada comunidade cristã, cada paróquia, cada comunidade educativa, cada comunidade de vida consagrada, cada associação ou movimento e cada pequena comunidade se inserem ativamente na pastoral orgânica”[5]. Até dado momento, há ensaios de “Setor Juventude”, aguardando sua rearticulação e um projeto pastoral que oriente melhor trabalho juvenil na Arquidiocese de Belém. Todavia, o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), possuem alguns documentos referenciais para este serviço.

Não se pode negar que “esta diversidade de carismas, espiritualidades e pedagogias de trabalho juvenil é para nós uma riqueza na Igreja de Jesus Cristo”[6], muito menos acabar com as experiências atuantes nas paróquias. Afinal, o Espírito sopra onde quer e não podemos “perder riquezas conquistadas que já provaram seu valor pedagógico e teológico no campo da evangelização da juventude”[7].

Convencidos(as) que a unidade é uma necessidade vital para nossa missão, seremos protagonistas desta tarefa e esperança em unidade com Cristo, onde esta “comunhão tira-me para fora de mim mesmo projetando-me para ele e, desse modo, também para a união com todos os cristãos”[8].
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[1] Documento de Aparecida, n. 443. Texto Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (CELAM - 2007).
[2] CNBB. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 - 2015, n. 4
[3] Cf. At 2,42-47; 3,32-37
[4] 1 Cor 12,12-31
[5] Documento de Aparecida, n. 169
[6] D. Dimas Lara Barbosa na apresentação do “Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas Pastorais” CNBB/Doc. 85
[7] Confira em “Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais”, n. 194 (CNBB, 2007/Doc. 85)
[8] Deus Caritas Est, n. 14. Carta Encíclica do Sumo Pontífice Bento XVI sobre o amor cristão (Paulinas, 2006).

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